A liberdade é a possibilidade do isolamento.
Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
(Fernando Pessoa)
Eu queria estar a milhões de anos luz daqui desse lugar...
Tenho medo de mim!
Medo do que significa tudo o que sinto, tudo o que me vai na alma. A ansiedade já me domina, o controle fugiu-me como um pássaro foge na gaiola. Não consigo encontrá-lo! Tenho medo, medo dos olhares de lado. Tenho medo, medo que a demora da certeza me agarre de vez, e que jamais me liberte; de que já não existam mãos para me serem dadas!
Tenho medo. Medo do que digo, medo do que não digo e do que fica por dizer.
Tenho medo que esta fome de partilha jamais seja saciada. Preciso! Preciso que a minha sombra se torne mais consistente. De querer ser, de confiar, de agarrar o colete salva-vidas que me estendem. De querer ser mais corajosa, mais objetiva e menos egoísta. Mas não, não consigo. Quero, mas não consigo. O mundo parece que já não me quer viva, as pessoas parecem cadáveres falantes.
É assustador!
Ninguém mais respira... nenhuma alma... nenhuma flor... nenhum pássaro.
O tempo parou.. o mundo morreu.. a natureza desfez-se em mil pedaços. A chuva do meu coração continua cheia de vida.. as lágrimas no meu rosto parecem de chumbo. Vermelhas... quase pretas.
A pior solidão é quando nos sentimos sós no meio da multidão. Aqui está deserto.. nem a multidão existe.
O baile de máscaras que é o universo desapareceu. As pessoas libertaram-se com a morte.
Mas eu fiquei presa... cortaram-me as asas e não consigo voar.
Vejo a minha volta almas sem vida...
A lua não existe, as estrelas também não.
Apodreceu. Evaporaram-se!
E eu?
É assustador!
Ninguém mais respira... nenhuma alma... nenhuma flor... nenhum pássaro.
O tempo parou.. o mundo morreu.. a natureza desfez-se em mil pedaços. A chuva do meu coração continua cheia de vida.. as lágrimas no meu rosto parecem de chumbo. Vermelhas... quase pretas.
A pior solidão é quando nos sentimos sós no meio da multidão. Aqui está deserto.. nem a multidão existe.
O baile de máscaras que é o universo desapareceu. As pessoas libertaram-se com a morte.
Mas eu fiquei presa... cortaram-me as asas e não consigo voar.
Vejo a minha volta almas sem vida...
A lua não existe, as estrelas também não.
Apodreceu. Evaporaram-se!
E eu?
Só ficou eu e a minha pressa de querer resolver as coisas, tô gritando por dentro. Os olhos mentem dia e noite a minha dor.
Todo dia quando acordo e, que cause espanto ou não, minha vontade ainda era maior que a dor. Ainda.
É o paraiso dentro do inferno.
Porque que o mar não se apaixona por uma lagoa?
A lagartixa ainda reside no meu quarto. Acho que vô mandar matar ela.
Um comentário:
"e, que cause espanto ou não, minha vontade ainda era maior que a dor. Ainda."
Fato amiga, dores desaparecem, bastando apenas serem medicadas com o remedio certo.Pensamentos, resolvem muitas coisas.Pense!
^^
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