terça-feira, 20 de outubro de 2009

Por um triz.

Eu sempre precisei ficar um pouco sozinha. Eu nunca pensei que eu precisaria de você quando chorasse. E os dias parecem anos quando eu estou sozinha. E a cama aonde você dorme está arrumada do seu lado. Quando você vai embora eu conto os passos que você dá. Quando você vai embora os pedaços do meu coração sentem a sua falta. Quando você vai embora o rosto que eu conheci também me faz falta. Quando você vai embora as palavras que eu preciso ouvir para conseguir passar o dia e fazer tudo ficar bem...
Eu sinto sua falta. Eu nunca me senti assim antes. Tudo o que faço me lembra você e as roupas que você deixou estão jogadas no chão e elas tem o seu cheiro. Eu adoro as coisas que você faz. O rosto que eu conheci também me faz falta. Eu sinto sua falta. Nós fomos feitos um para o outro, para ficarmos juntos para sempre. Eu sei que fomos. Eu só quero que você saiba. Tudo o que eu faço, me entrego de corpo e alma. Até perco a respiração. Eu preciso saber que você está aqui comigo. Você percebe agora? Espero que tudo termine bem.

:)


So funny.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

In the beach...


Quero as ondas desses mares,
Universo em fim de tarde
Desejo de verão arder,
E jah a minha flor não desampare
Qual é? eu to na fé, não me amole
Torço e se Deus quiser tudo melhore
Vento veio e levou a dor que já passou
Meu amooor
Um céu, um sol e um mar.
Em Luis Correia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

E no final de semana...


À noite na mesma cama, eu levo o copo de água que ele sempre traz pro quarto quando vai dormir. Não dormiríamos logo. Amaríamos novamente. Com ainda mais vontade e sentimento.
Amor, como de costume, foi inesplicável passar esses dias contigo, apesar dos inquilinos no teu quarto nos últimos dias, e te digo, dormir com o pé encostado no teu pezinho é divino.
Te amo.

LUTO

Edward dormiu para sempre no sábado!
O bixinho.
Vá com Deus meu amigo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cadernos de Manuela

Pelotas, 11 de março de 1903.

(...) Pois, voltando para aqueles tempos da estância, quando a guerra ceifava tantas criaturas e tanta juventude, contarei o que começou a suceder em maio de 1837: Giuseppe Maria Garibaldi recebeu a carta de corso para sua Mazzini - chamada desde então de Farroupilha -, assinada pelo general João Manuel de Lima e Silva, e que lhe dava autorização para singrar os mares rumo ao sul, como corsário da República Rio-grandense. Assim, partiu o italiano, da cidade do Rio de Janeiro, com uma tripulação de 12 homens. Na sumaca Farroupilha levavam armas e munições escondidas sob um carregamento de carne defumada e mandioca.
Começava aí o longo caminho que traria Garibaldi até a estância de minha tia, D.Antônia. Se eu pudesse voltar no tempo, retroceder todos esses anos, sofrer tudo o que sofri, nem que fosse para vê-lo por um único instante, como o vi pela primeira vez, parado em frente à nossa casa, naquela tarde morna e plácida de outubro, o cabelos fulvos e inquietos cintilando ao sol do pampa, se eu pudesse por o tempo a pisar suas próprias pegadas, eu não hesitaria...
Ainda ouço o metal de sua voz em meus ouvidos, quando, ao ver-me, junto com as outras, postada na varanda - afinal, era a primeira vez em muito tempo que um estranho vinha estar conosco, e sob o aval de Bento Gonçalves -, me olhou, somente e mim com seus olhos sedentos e disse:
- Como stai sinhorina? Io me chiamo Giuseppe Garibaldi. E la buona fortuna me trouxe até aqui.
( Rodrigo, aí ela faz daquele jeito né.. "Eu sei, eu sei." )
Mas isso foi em 1838, e, o general Bento Gonçalves já estava solto, Perpétua já estava noiva de Inácio José, e eu ainda tinha meus 18 anos, e não os 83 que carrego hoje, por entre essas minhas rugas que mais parecem os vincos de um vestidos de baile. Isso foi em 1838, quando todos nós ainda tínhamos sonhos.

Manuela.