sábado, 15 de agosto de 2009

Tudo para ti.

Eu já fechei todas as portas
Arquivos, gavetas
Eu já fechei todas as malas
As contas, os dias
O que não cabe mais em mim
É bom você saber
Agora é pra valer"
('Início depois do fim' - Frejat)
No volume máximo, pela milésima vez ouço "O que eu não sou - Chicas"...
Eu admiro o que não presta. Eu escravizo quem eu gosto. Eu não entendo. Eu trago o lixo para dentro. Eu abro a porta para estranhos. Eu cumprimento. Eu quero aquilo que não tenho. Eu tenho tanto a fazer. Eu faço tudo pela metade. Eu não percebo. Eu falo muito palavrão. Eu falo muito mal. Eu falo muito. Eu falo mesmo. Eu falo sem saber o que estou falando. Eu falo muito bem. Eu minto.
A parte colorida da saudade é a que te contém. Um filme completo, colorido, longa metragem da vida que ainda não tivemos. Desde o abraço até o algodão doce que ainda não comemos. A vontade que não passa, a saudade que mata e alimenta ao mesmo tempo, enquanto esse mesmo tempo passa correndo e diminui aos poucos toda essa saudade.
Sei que não me achei ainda, nunca foi fácil e talvez nunca venha a ser. As coisas mudam, é tudo efêmero, chega e passa, vai e volta... Giram rápido e intensamente, como o sol que aos poucos ganha o dia e sai mudando seus tons discretamente. Continuo aqui, voltei um pouco ao estado estranho das coisas e talvez daqui a pouco já mude novamente. Saberei? Por enquanto, continuo sentindo saudade.
Diz que me deixa ficar se eu me render. Eu me rendo, já me rendi. Deixa que eu entre e fique não só na tua casa, mas no coração também, fazendo com que ele fique acelerado de vez em quando assim como o meu fica quando te vê.
Acordar no meio da vida soou estranho e de uma beleza impressionante. O coração acelerado e a vontade louca de sentir completamente o que lhe reservam. Brincar com o esperado brinquedo, juntar todas as peças e sentir o gosto doce que tem o final. Gosto de eterno quero mais. Misturas, química perfeita... assim há de ser quando tudo se completar.
"Então, quando você me beijar,
vai sentir o gosto da minha escrita,
pois a fim de nunca esquecê-las
eu trago todas as minhas palavras
na ponta da língua. "
VERSÃO PRA MÚSICA " O QUE EU NÃO SOU - CHICAS"
ESSA É DO MEU JEITO. DO QUE EU SINTO.
P.s Eu não sou poeta e nem quero ser, escrevo aqui pra sobreviver. Coração aperta, escrevo pra respirar. Escrevo aqui pra poder sonhar. Eu não quero nada que faz doer. Quero amar o mundo, não pude amar você. Quando você não está vou escrever de amor. Extraviar no pulso toda a minha dor. UM DIA O AMOR ACABA. INVADE A DOR. DESÁGUA. TRANSBORDA A MINHA ALMA VAZIA ESTÁ AGORA. Eu não sou maluca e nem quero ser. Mas a noite passa e eu não vou dormir. As flores me agradam. Tentam me colorir. Leio a letra dessa música pra poder te ouvir. Eu não sou ateu e nem quero ser. Deus te abençõe, rezo por você. Escrevo aqui pra me despedir. De longe minha alma, vai velar por ti.
Ah...a lagartixa foi embora.

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